Compartir el post "Impulsionar a mobilização massiva contra os ataques de Dilma e dos patrões"
Para manter-se no governo, Dilma (PT) mais uma vez cede aos capitalistas atacando direitos e condições de existência dos trabalhadores. Diante disso, é necessário apoiar todas as mobilizações que tenham em seu centro a luta conta os ataques aos trabalhadores e exigir das centrais sindicais, populares e estudantis que construam de forma unificada um plano de mobilização nacional contra os ajustes antioperários do governo e da patronal.
Nesta segunda-feira, dia 14 de setembro, o governo apresentou um pacote de medidas para cobrir o rombo nas contas públicas, produzido em grande medida pela política de isenção de impostos dada pelo governo federal aos grandes empresários, que prevê um corte de 24,7 bilhões no orçamento federal. Neste pacote é retirado mais 3,8 bilhões da saúde, 4,8 bilhões do programa “Minha Casa. Minha Vida” e 7 bilhões com o adiamento da reposição salarial dos servidores públicos federais que passaria de janeiro para agosto, além disso prevê uma nova “contrarreforma da previdência”.
Do ponto de vista dos tributos, a política do governo é reeditar a CPMF por um período de 4 anos, tributo que não incide sobre o lucro dos donos do capital. A exemplo da primeira fase dos ajustes, o que predomina é a continuidade à política de fazer a classe trabalhadora pagar pela crise econômica. Desta forma, o governo quer garantir a lucratividade à custa de investimentos públicos em saúde, moradia e demais condições de vida das massas trabalhadoras.
Mas, com o enfraquecimento do governo e a desarticulação dos movimentos sociais, por responsabilidade da CUT principalmente, a chantagem do grande capital não para, pois além das medias reacionárias que tramitam e são aprovadas no congresso, como a redução da maioridade penal, a terceirização e a contrarreforma política, está na mira da classe dominante ataques muito mais profundos aos trabalhadores, como conquistas mínimas da Constituição de 1988, como a vinculação de receitas da união, por exemplo.
Neste cenário de aprofundamento da crise política, no qual o desfecho pode tornar a correlação de forças ainda mais desfavorável para a nossa classe, e de ataques diretos às nossas condições de existência, é necessário construir iniciativas que possibilitem a unificação dos movimentos que atualmente estão dispersos e sem condições de enfrentar os ataques do governo e dos patrões.
Por isso, precisamos mobilizar contingentes cada vez mais massivos dos trabalhadores e da juventude. No dia 20 de agosto setores da esquerda, como o PSTU e correntes do PSOL, se recusaram em participar do chamado contra os corte orçamentários com o argumento que haviam sido sequestradas pelos governistas. Política que se demonstrou equivocada diante de um ato que mobilizou mais de 50 mil pessoas e que teve como centro a luta contra o ajuste fiscal.
Pensamos que a esquerda socialista tem que demonstrar para setores cada vez mais amplos dos trabalhadores e da juventude que é necessário construir uma alternativa política e um programa independente do governo e dos patrões, assim é necessário romper com toda forma de sectarismo e exigir das grandes centrais operárias (CUT), populares (MTST e MST) e estudantis (UNE) mobilizem contra os ataques aos trabalhadores. Por isso o centro da luta na marcha do dia 18 e nas demais mobilizações deve ser a luta contra os ataques governamentais/patronais que estão em curso, em defesa do emprego, do salário e dos serviços públicos.
Socialismo ou Barbárie, 16/09/2015