Todos os políticos aliados a burguesia são corruptos!

Por uma Assembleia Constituinte que transforme o regime!

Na manhã de hoje 04 de Março houve todo um operativo da Polícia Federal. Por volta das 6 horas da manhã aconteceram diligências de busca e apreensão no famoso tríplex do Guarujá, ao Instituto Lula, Odebrechet, na residência do filho de Lula e na residência do próprio ex presidente em São Bernardo do Campo. Lula foi levado de maneira coercitiva para depor junto a Polícia Federal, um acontecimento sem precedentes dirigido a um ex chefe de Estado, algo que impactou todo o país e foi notícia no mundo.

A condução coercitiva de Lula para depor e todo o espetáculo criado em torno dela, aumenta a temperatura da crise política que tem no centro o questionamento do mandato da presidente Dilma Rousseff e dá mais folego a oposição de direita que quer sepultar de uma vez por todas o PT.

A oposição de direita e suas manobras golpistas querem constituir um governo de sangue puro, ou seja, um governo burguês típico. Assim, o circo armado na manhã de hoje tem claro objetivo de expor e testar o grau de isolamento do governo e a capacidade política dos setores que ainda se referenciam em Lula e seu partido; afinal, 200 homens fortemente armados em prédio residencial em São Bernardo do Campo as 6h da matina e total cobertura da imprensa, não podem dizer o contrário disso.

A partir disto as manifestações pelo impeachment marcadas para o próximo final de semana, podem retomar o fôlego perdido no segundo semestre do ano passado. Desta maneira, a situação criada em torno deste evento e seus desdobramentos exigem respostas mais categóricas a conjuntura critica na qual nos encontramos, uma política que sirva para armar políticamente a classe trabalhadora, e não a parecida com a da maioria do PSOL e posição do PSTU que respectivamente terminam por fazer o jogo de Dilma (a apoiando) e o da direita (entusiasmando o impeachment).

Para nós do Socialismo ou Barbárie a saída colocada para as organizações que nós consideramos revolucionárias deve apontar neste momento para o questionamento do conjunto do regime político de cunho patronal e corrupto que governa o país. Um saída que deve vir por uma Assembleia Constituinte criada nas bases e que coloque o debate de todos dos problemas do Brasil.

O governismo que esta abalado pelas denúncias sistemática de corrupção e prisões de seus quadros, preserva no entanto, poder de mobilização, podendo chamar atos e deixar o cenário político mais polarizado mas não é capaz de fazer uma mobilização consequente de suas bases, pois isso significaria fazer uma verdadeira auto critica, isso não temos como certo se pode fazer.

Em todo caso, o que afinal determinará a queda ou não do governo em meio a uma crise política que atinge o governo e o congresso nacional (mas também em meio a uma crise econômica depressiva que atinge em cheio as massas), será as relações de forças entre as classes e política.

Nos mantemos no campo da independência de classes em um cenário em que este governo e a posição burguesa, cada um a sua maneira, não veem outra saída para existir constitucionalmente senão atacar o direito dos trabalhadores, seu empregos verbas da saúde, educação. A classe alta pode agora aparecer dividida mas está unida na aplicação do ajuste.

Somos pela punição de TODOS os corruptos! E não perdemos de vista que o quer a oposição burguesa é usar o calcanhar de aquiles do PT para impor uma situação política mais desfavorável aos trabalhadores, para aprofundar no próximo período os ataques necessários para manter as condições de vida dos mais ricos e as altas taxas de lucros brasileira.

Por isso, diante dessa conjuntura é necessário que as correntes da esquerda revolucionária se posicionem de forma independente do governo e da oposição burguesa por uma saída dos trabalhadores que em meio a crise depressiva em que estamos vivendo e que se não reagirmos tendemos a pagá-la seja, sem ou com PT.

Nossa ação deve ser derrotar a política de ajustes, apoiar as lutas contra as demissões como a dos trabalhadores da Mabe, fazer uma campanha pela redução da jornada de trabalho sem redução salarial, unificar as lutas em curso para construir ações de massa independentes e que tenham no centro as reivindicações dos trabalhadores. Com vistas a redobrar os esforços para impor uma Assembleia Constituinte e Soberana pela a base e acabar com todo o corrupto regime político existente!

Diante do avanço reacionário da imprensa burguesa e patronal para impor um governo ainda mais duro é um erro mortal não apresentar uma saída política própria dos trabalhadores, porque qualquer desfecho da crise que venha sem a participação dos de baixo será desfavorável aos trabalhadores.

Neste sentido, insistimos: temos que lutar por uma constituinte democrática, soberana, imposta pela mobilização das massa dos trabalhadores que faça recuar o oportunismo deslavado da direita e os ataques estruturais do governo. É preciso que se tome consciência no conjunto da esquerda das gigantescas tarefas democráticas que estão pendentes em nosso país e de quem deve fazê-las.

Abaixo o oportunismo da direita e suas manobras golpistas!