Congresso da Conlutas:
Organizar as Lutas dos trabalhadores com
independência
de classe
Praxis, março 2008
Entre os dias 3 e 6 de junho será realizado o I
Congresso da CONLUTAS, esse congresso acontece em um momento
de importância crucial, sendo cruzado pela crise econômica
que tem tomado ares de crise global. Nessa situação, os
patrões e seu serviçal Lula desencadearam mais um ataque
contra os trabalhadores e o povo pobre.
Ao contrário do que foi o Encontro Nacional da
CONLUTAS, realizado em Sumaré, que apesar do grande número
de participantes foi incapaz de armar a vanguarda para os
enfrentamentos, o I Congresso da CONLUTAS tem que ser capaz
de organizar a luta contra esses ataques que com certeza virão.
Para isso é preciso que façamos uma verdadeira revolução
na prática sindical dos sindicatos dirigidos pelas
correntes de esquerda que na maioria das vezes é uma prática
ainda muito ligada a tradição varguista.
Esse modelo, que já era completamente insuficiente na
etapa anterior da luta de classe, no atual momento de
intensificação da exploração e terceirização se torna
ainda mais nefasto. Precisamos fazer avançar a organização
por local de trabalho, que hoje é quase inexistente,
principalmente entre o setor privado. Sem organização de
base não é possível vitória alguma!
Precisamos votar um plano de lutas que parta da
necessidade de unir as diversas lutas que seguindo a tendência
do último período venham a acontecer. Deve ser um plano de
lutas que culmine com grandes atos e, onde for possível,
paralisações, tomando as ruas, reivindicando aumento de
salários e salário mínimo de acordo com o DIEESE, o não
pagamento da dívida externa e da dívida interna que tem
tomado importância capital no endividamentos do Estado e na
transferência de capitais do Estado para a burguesia, redução
de jornada Congresso da Conlutas: Organizar as Lutas dos
trabalhadores com independência de classe de trabalho e
pelo fim dos bancos de horas.
Aprender com os erros!
No CONAT realizado em 2006, na cidade de Sumaré,
infelizmente o PSTU com a intenção de fazer barganha política
junto ao PSOL, se recusou a votar uma política de clara
independência de classe e de constituição da Frente da
Esquerda, assim como um programa a ser apresentado a essa
frente.
Naquele momento defendíamos que o CONAT votasse um
chamado a constituição de uma Frente Classista e
Socialista que se concretizaria nas candidaturas de Heloisa
Helena para presidência e Zé Maria para vice, com um
programa socialista de ruptura com o capitalismo.
Fazemos um balanço que foi correto essa posição e
que nas eleições municipais do fim do ano a CONLUTAS deve
fazer um chamado à constituição de candidaturas
classistas que representem os interesses dos trabalhadores e
do povo pobre.
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