Brasil

Vergonha internacional                                                             Versión en español »»»» 

El MES do PSOL recebe dinheiro de grande mineradora

Por Márcio Barbio
Práxis, 30/08/08

Acabamos de receber a notícia, confirmada pela própria direção do MES [Movimento Esquerda Socialista do PSOL], que a candidatura de Luciana Genro à prefeitura da cidade de Porto Alegre, pelo Partido Socialismo e Liberdade, recebera “doação” de R$ 100.000,00 (cem mil reais) do Grupo Gerdau – uma das maiores siderúrgicas brasileiras, com negócios em várias partes do mundo. [1]

O que acontece com o MES é a total e completa perda da bússola da independência política, o que só reforça a bancarrota total e sem volta desse setor, processo esse que é internacional, ou seja, atinge o conjunto das organizações nucleadas em torno da Revista América. Depois de constituírem uma frente com o setor latifundiário na Argentina, de saírem em defesa de Célia Hart que se posicionava contra a reintegração de Chirino, agora o MES, que já havia constituído uma aliança eleitoral na mesma cidade de Porto Alegre com um partido burguês, que possui ministro no governo Lula e cuja principal figura pública é José Sarney Filho, recebe essa vultosa quantia de um dos grupos empresarias mais importantes do Brasil, não pode existir sombra de dúvida, estamos diante do fim de uma organização que há muito tempo vem se adaptando à democracia burguesa.

MES assume as mesmas práticas que deram no mensalão

Não é preciso recuar muito no tempo para lembrar que o tema do financiamento das campanhas eleitorais foi um dos principais elementos da corrupção que atingiu o conjunto dos partidos burgueses, no escândalo que ficou nacionalmente conhecido como escândalo do mensalão, levando vários deputados à renúncia.

Pois bem, no cerne desse processo se encontrava a doação de verbas de grandes empresas para financiar campanhas, doações estas que continuaram mesmo após eleitos. Luciana Genro, o MES e o PSOL estão entrando nesse mesmo chiqueiro, onde chafurdam os políticos burgueses, é preciso lembrar o dito popular que diz que com quem porco se mistura, lavagem come.

Os argumentos desse setor de que tais doações são legais, e que não se comprometeram em nada com a Gerdau, chegam à raia do mau caratismo. Os socialistas revolucionários não fazem ou deixam de fazer o que e legal, fazem o que é preciso para avançar a consciência de classe e a independência política dos trabalhadores. Receber R$ 100.000,00 de uma multinacional atrasa a consciência de classe e ajuda a dominação dos patrões.

Só a estupidez e a ignorância de um grupo total e irremediavelmente perdido para a revolução para cunhar tais argumentos.

O PSOL está perdido para a revolução

Infelizmente, os acontecimentos de Porto Alegre são os mais graves, mas não são os únicos. A perda da independência de classe desse partido é latente. Em várias cidades o PSOL está realizando alianças eleitorais com partidos burgueses, ou legenda de aluguel, esse é o caso de Embu, onde o PSOL está coligado com o PSB.

Em outras cidades importantes como São Paulo, os candidatos a prefeito, com anuência criminosa do PSTU, são parlamentares que têm se omitido na defesa dos direitos dos trabalhadores. Os fatos falam por si só. Ivan Valente, candidato a Prefeito em São Paulo, se absteve na Reforma da Previdência, na votação do Super Simples e agora votou a favor do piso salarial dos professores apresentado pelo governo Lula em acordo com a burocracia da CNTE, isto por si só já o desqualifica como candidato dos trabalhadores, deixando a classe trabalhadora de São Paulo sem opção de voto para prefeito, uma vez que o PSTU não lançou candidatura, preferindo se contentar com um candidato a vereador na aliança com Ivan, na esperança de quem sabe elegê–lo.

É preciso um partido revolucionário com tendências

O Práxis tem defendido que na atual etapa de desenvolvimento da luta de classes no Brasil, está colocada para o conjunto da vanguarda a histórica tarefa de construir um partido realmente revolucionário, que no atual estágio, onde nenhuma das organizações revolucionárias existente conta com peso real de massas e nem foram provadas na luta de classe, necessariamente deverá ser construído com amplo direito de tendências. A situação a que rapidamente chegou o PSOL e a incapacidade do PSTU de romper, ora com seu sectarismo, ora com o oportunismo, não fazem desses dois partidos alternativa para a vanguarda socialista e revolucionária.

Nesse sentido, Práxis reitera o chamado público ao PSTU, CST e demais correntes, núcleos e indivíduos a construirmos um grande partido revolucionário com tendências em nosso país.


1.– “O Grupo Gerdau ocupa a posição de 13º maior produtor de aço do mundo e é líder no segmento de aços longos nas Américas. Possui 317 unidades industriais e comerciais, além de cinco joint ventures e quatro empresas coligadas, o que faz com que esteja presente em 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Espanha, Estados Unidos, Guatemala, Índia, México, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela. Possui capacidade instalada de 25,9 milhões de toneladas por ano e fornece aço para os setores da construção civil, indústria e agropecuária... Faturamento: R$ 22,3 bilhões –  Lucro líquido: R$ 3,2 bilhões” ( http://www.gerdau.com.br/port/agerdau/index.asp )


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Vergüenza internacional

El MES del PSOL recibe dinero de una gran siderúrgica

Por Márcio Barbio
Praxis, 30/08/08

Acabamos de recibir la noticia, confirmada por la dirección del MES (Movimento Esquerda Socialista del PSOL),[1] que la candidatura de Luciana Genro a la Prefectura de la ciudad de Porto Alegre por el PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) recibió una “donación” de 100.000 reales [2] del Grupo Gerdau –una de las mayores siderúrgicas de Brasil, con negocios en varias partes del mundo–.[3] 

Lo que sucede con el MES es una total y completa pérdida de la brújula de la independencia política de la burguesía, lo que refuerza la bancarrota total y sin retorno de este sector. Es una bancarrota también internacional, que atañe al conjunto de las organizaciones nucleadas alrededor de la “Revista de América”. Después de constituir un frente con el sector latifundista de Argentina, y de salir en defensa de Celia Hart que se posicionaba contra el reintegro a su trabajo de Chirino en Venezuela, ahora el MES de Brasil, que ya había constituido una alianza electoral en Porto Alegre con un partido burgués que tenía un ministro en el gobierno de Lula y cuya principal figura pública es José Sarney Filho [4], recibe esta abultada suma de uno de los más importantes grupos empresarios de Brasil. ¡No puede haber sombra de duda! ¡Estamos ante el fin de una organización que, desde hace mucho tiempo, se venía adaptando a la democracia burguesa!

El MES asume las mismas prácticas que dieron en el “mensalão” [5]

No es preciso retroceder mucho tiempo para recordar que el tema del financiamiento de las campañas electorales ha sido uno de los principales elementos de corrupción que tocó al conjunto de los partidos burgueses, en el escándalo que se conoció nacionalmente como el del “mensalão”, obligando a mucho diputados a renunciar.

Pues bien, en la médula de este proceso, estaba la donación de fondos de grandes empresas para financiar campañas, donaciones que continuaban después de ser electos. Luciana Genro, el MES y el PSOL están entrando en ese mismo chiquero donde se revuelcan los políticos burgueses. Y hay que recordar el refrán popular: “quien se junta con puercos, basura come”.

Los argumentos del MES de que tales “donaciones” son “legales”, y que no se comprometen en nada con Gerdau, llegan al límite del cinismo. Los socialistas revolucionarios no hacen ni dejan de hacer cosas por su carácter legal. Recibir R$ 100.000 de una multinacional atrasa la conciencia de los trabajadores y ayuda a la dominación de los patrones.

Sólo la estupidez y la ignorancia de un grupo perdido para la revolución puede dar tales argumentos.

O PSOL está perdido para la revolución

Infelizmente, los acontecimientos de Porto Alegre son los más graves pero no los únicos. La pérdida de independencia de clase frente a la burguesía de ese partido es ya total. En varias ciudades el PSOL está realizando alianzas electorales con partidos burgueses o “partidos de alquiler”.[6] Este es el caso de Embu, donde el PSOL va en alianza con el PSB.[7]

En otras ciudades importantes, como San Pablo, con la aprobación criminal del PSTU, son parlamentarios que se han “borrado” de la defensa de los derechos de los trabajadores.

Los hechos hablan por sí mismos: Iván Valente, candidato a prefecto en San Pablo, se abstuvo en la votación de la Reforma de la Previdencia (retiro, jubilación) y de los Super Simples [8] y ahora votó a favor del piso salarial de los profesores impuesto por el gobierno Lula en acuerdo con la burocracia de la CNTE. [9] Esto, por sí sólo, lo descalifica como candidato de los trabajadores.

De esa manera, la clase trabajadora de San Pablo queda sin opción de voto para prefecto, ya que el PSTU no lanzó su candidatura, prefiriendo contentarse con un candidato a concejal en la alianza que encabeza Ivan Valente, en la esperanza de quizás elegirlo.

Es necesario un partido revolucionario con tendencias

Praxis sostiene que, en la actual etapa de desarrollo de la lucha de clases en Brasil, está planteada para el conjunto de la vanguardia la histórica tarea de construir un partido realmente revolucionario. En la actual etapa, donde ninguna de la organizaciones revolucionarias existentes tiene un peso real de masas y tampoco han sido probadas en la lucha de clases, necesariamente deberá ser construido un partido amplio con tendencias.

La situación a la que rápidamente llegó el PSOL y la incapacidad del PSTU de romper con las oscilaciones entre el sectarismo y el oportunismo, no hacen de esos dos partidos una alternativa para la vanguardia socialista y revolucionaria.

En ese sentido, Praxis reitera su llamado público al PSTU, CST y demás corrientes, núcleos e individuos a construir un gran partido revolucionario con tendencias en nuestro país.


Notas del traductor:

1.- El MES forma parte de la corriente internacional “Revista de América”, que edita la publicación del mismo nombre. A esta corriente pertenece también el MST de Argentina y Marea Socialista de Venezuela.

2.- 1 US$ = 1,7 reales.

3.- “El Grupo Gerdau ocupa la 13º posición entre los mayores productores de acero del mundo, y es líder en el segmento de aceros largos de América Latina. Posee 317 unidades industriales y comerciales, además de cinco joint venturesy cuatro empresas coaligadas, lo que hace que esté presente en 14 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colombia, España, Estados Unidos, Guatemala, India, México, Perú, República Dominicana, Uruguay y Venezuela. Posee capacidad instalada de 25,9 millones de toneladas por año y provee de acero a los sectores de construcción civil, industria y agro... Facturación 2007: 22.300 millones de reales – Ganancias líquidas: 3.200 millones de reales.” (Sitio web de Gerdau: www.gerdau.com.br/port/agerdau/index.asp )

4.- Hijo del ex presidente José Sarney. Inició su carrera política en la Arena (rebautizada luego como  PDS), partido fantoche creado por la dictadura militar. Luego pasó al derechista PFL (Partido del Frente Liberal), para terminar finalmente como ministro de Lula y diputado por un “Partido Verde”.

5.- El mensalão” es la práctica corrupta habitual de los parlamentarios brasileños que reciben grandes “mensualidades” por sus servicios a empresarios y/o al poder ejecutivo.

6.- “Partidos de alquiler”: siglas legales que se alquilan a políticos burgueses que por algún motivo han quedado por fuera de las listas de las principales organizaciones.

7.- PSB: Partido Socialista Brasileiro. Pese a su nombre es una organización 100% patronal.

8.- Ley que, con el pretexto de facilitar la creación de medianas y pequeñas empresas que generaran empleo, impuso normas de “flexibilización laboral”.

9.- CNTE, Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, central burocrática de la enseñanza.