Boletim,
03/06/2012
Campanha contra perseguição política
na USP ganha
força
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Calendário de luta
13/6, às 9hs
Grande Ato contra
os processos
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A mais ampla unidade entre os setores que defendem a
universidade pública e a democracia no seu
interior - principalmente em torno da luta
contra os processos administrativos - é
decisiva para mudar a atual situação de
ofensiva repressiva e privatizante na USP.
Esta compreensão possibilitou que após meses
de apatia, no dia 16/5, fosse realizado um ato
que contou com a presença de mais de 500
manifestantes durante o que seria a primeira
oitiva. Mas, com medo da mobilização, Rodas
determinou que essa sessão de depoimentos
fosse suspensa.
Outro ponto alto da luta contra a repressão foi o
ato-debate impulsionado pelo Práxis e por
estudantes independentes realizado na ágora (ao
lado do bandejão central), no dia 23 de maio.
Neste evento, mais de 200 pessoas participaram
de uma mesa que contou com professores,
SINTUSP, representantes da São Remo,
estudantes eliminados e processados e DCE. Além
disso, as manifestações frequentes durante
as oitivas demonstraram que existe na
universidade uma crescente indignação contra
o total absurdo que significam os processos
contra mais de 50 estudantes.
A repressão política e a criminalização da luta não
é uma postura exclusiva dos dirigentes da
USP. Em todo o país, greves e manifestações
são tratadas com truculência pela polícia,
os tribunais as julgam ilegais e o governo e
patrões tratam de tentar impor arrocho
salarial e piorar as condições de trabalho.
Na recente onda de mobilizações com greves
no setor de transporte em vários estados e em
outros setores (como os professores da Bahia
que estão em greve a 48 dias), isto fica mais
uma vez patente.
É essa mesma lógica que rege a política da reitoria
da universidade de São Paulo. Combina políticas
de privatização com os ataques aos que lutam
em defesa da universidade pública e democrática.
No caso da USP, medidas que visam elitizar,
mais ainda, e privatizar a universidade - como
a aprovação da instalação de catracas no
prédio da FEA - não faltam.
Superar a política do DCE para derrotar Rodas
Não estamos em uma situação “normal” no interior
da universidade e que a reitoria move uma terrível
ofensiva contra o movimento e o caráter público
da universidade, é necessário, portanto,
colocar todo o peso na luta contra os
processos. Por isso, na última assembléia,
dia 17 de maio, propusemos que o XI congresso
dos estudantes, previsto para agosto, fosse
adiado para que todas as forças do movimento
estudantil estivessem a serviço da luta
contra a repressão.
A direção do DCE (PSOL e PSTU), mantendo o seu
costumeiro parlamentarismo estudantil, foi
contra essa proposta afirmando que “não
havia dicotomia entre a luta contra os
processos e a organização do congresso”.
Esse argumento não passa de uma falácia,
pois a manutenção do congresso vai demandar
uma série de atividades, como: debates pré-congressuais,
eleição de delegados, entre outras. Na situação
em que se encontra o movimento na USP, para
podermos derrotar Rodas, temos que colocar
todas as forças na luta contra os processos.
Não priorizar essa luta divide os estudantes,
enfraquece a mobilização e facilita o
“trabalho” do reitor.
Infelizmente a direção do DCE não foi a única que
acabou contribuindo para que o congresso não
fosse adiado e a luta contra os processos não
ganhasse força máxima. Os estudantes
organizados na LER- QI também tiveram uma
posição extremamente equivocada ao se
absterem diante da polêmica entre manutenção
ou não do XI congresso. O argumento utilizado
foi o de que o congresso, se organizado com
outra política (sic), poderia servir para a
luta contra os processos. Ora companheiros,
sabemos qual é a política da atual direção
do DCE: evitar ao máximo a luta direta dos
estudantes - e uma série de exemplos
demonstra isso cabalmente. Assim, não ter uma
posição categórica sobre questões cruciais
revela, destas organizações e de outras, uma
enorme falta de capacidade em assumir posições
efetivas, quando a realidade demanda este tipo
de comportamento. Isto, em política, é o que
tipicamente se costuma denominar como
centrismo.
A luta dos estudantes e trabalhadores através de ações
como debates, protestos e o ato do dia 16/05
demonstra que há reserva de combatividade e
que é possível unir a comunidade universitária
em torno de uma grande campanha democrática
contra os processos. O movimento aponta um
caminho diverso do seguido pela direção do
DCE e demais correntes: a centralidade total
na luta contra os processos administrativos (leia-se,
perseguição política). Diante da
necessidade, e possibilidade, de derrotar
Rodas em sua tentativa de acabar com o caráter
público da universidade e a luta política
independente dos estudantes e trabalhadores é
necessário colocar todas as forças. Por isso,
apostamos tudo na estratégia de organizar
atividades a partir da ampla unidade com
aqueles que querem lutar pelo fim da repressão
política e contra a privatização da
universidade.
Contra a repressão e privatização:
• Fim dos processos!
• Abaixo o decreto regimental de 72!
• Fora PM - Fora Rodas!
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