Universidade Federal
de São Paulo
(UNIFESP)

26 estudantes da Unifesp, presos por estarem
em uma manifestação política

Contra as prisões políticas promovidas por Dilma e por Alckmin

Toda solidariedade a luta dos estudantes da UNIFESP

Práxis-Socialismo ou Barbárie, 15/06/2012

A polícia se revela cada vez mais um bando armado a serviço da classe dominante. Da mesma forma que reprime o movimento de moradia, os trabalhadores da construção civil, os estudantes da USP, os trabalhadores do transporte, em mais uma ação truculenta da PM do Estado de São Paulo, a mando do governador Alckmin e do governo Dilma, prendeu na noite do dia 14 de junho 26 estudantes da Unifesp-Campus Guarulhos. Motivo: foram presos por estarem em uma manifestação política no interior do campus.

As Imagens gravadas pelos estudantes são contundentes. Enquanto cantavam palavras de ordem, um policial agarra uma das estudantes, lhe aplica uma gravata e a leva presa, nesse exato momento os demais polícias passam a atirar nos demais manifestantes. Além das prisões, totalmente arbitrárias, a ação policial resultou em dezenas de feridos, sendo que dois deles se encontra ainda no hospital em estado grave.

Os estudantes foram enviados para a Superintendência da Polícia Federal e estão sendo indiciados por reincidência - uma vez que dos presos 22 haviam sido autuados na semana passada em uma reintegração de posse - formação de quadrilha, cárcere privado e dano ambiental. Claro que essas acusações são parte de uma farsa montada pelo governo federal e pelo governo estadual contra o movimento que denuncia as mazelas da educação pública e das universidades publicas, em particular.

Essa ação covarde, responsabilidade direita de Dilma Rousseff e Alckmin, ocorre em um momento onde professores e funcionários das universidades federais estão em greve e categorias de trabalhadores da educação, particularmente do transporte, protagonizam uma intensa onda de mobilizações.

A repressão movida pelo governo federal e pelo governo do Estado de São Paulo objetiva aterrorizar os trabalhadores e a juventude para que não aproveitem esse momento de aumento das lutas e unifiquem suas demandas em mobilizações coordenadas por todo pais. Nossa ação, em defesa desses estudantes e de todos que sofrerem a repressão do estado capitalista, deve ser justamente no sentido de dar uma resposta política contundente a esse brutal ataque.

Nesse momento é fundamental que todos comparecem ao ato em solidariedade aos estudantes em frente à Polícia Federal na Lapa (Rua Hugo D'Antola, 95) contra o indiciamento dos 26 estudantes e contra a prisão de 22 que serão levados para penitenciárias. Além da solidariedade imediata, é necessário que o ANDES-SN, a CSP-Conlutas, o movimento estudantil combativo e demais setores comprometidos com a luta dos estudantes e dos trabalhadores organizem imediatamente uma jornada de mobilizações, a começar por um grande ato em São Paulo, contra mais essas prisões políticas.