Crónica, análisis y fotos
enviados por los compañeros de Práxis
desde San Pablo (versión en
español al final)
Fora Bush do Iraque e Lula do
Haiti
Márcio
Barbio
Práxis,
corrente marxista revolucionária do PSOL
São
Paulo, 09/03/07
Lula o grande parceiro de Bush
Lula, el gran socio de Bush |
Bush
em sua visita pela América Latina passara por paises que são seus
maiores aliados na região: além do Brasil, passará por Uruguai, Colômbia,
a Guatemala e o México.
Seu objetivo é restabelecer
a influencia sobre o subcontinente e barrar a influencia de governos
que são frutos por um lado dos processos de rebeliões populares que
a partir de 2000 atingiram a América Latina e por outro da imensa
crise de legitimidade que vive o Imperialismo ianque.
Esses
governos longe de serem autenticamente socialistas, ousaram a
questionar alguns dos pressupostos do neoliberalismo, vale lembrar por
exemplo que Chavez que seria para muitos o mais “esquerdista” dos
presidentes latino–americanos nem ao menos parou de pagar a dívida
externa.
Travestido
do interesse pelo etanol, o álcool combustível cujo maior produtor
mundial é o Brasil, como tenta demonstrar tanto o governo de Bush
como Lula, o que é esta por traz na verdade e a atual situação político
e social da América Latina em geral e do cone sul em especial, situação
essa marcada profundamente pelo ciclo de rebeliões populares que no
inicio desse século já atingiu vários países e que segue se
expandindo a outros como demonstra os recentes acontecimentos do México
e Paraguai.
Como
em outras partes do mundo, também no Brasil a popularidade de Bush é
baixíssima, devido à aventura bélica no Iraque e em menor escala no
Afeganistão. Tal impopularidade foi o motor para que mais de 15 mil
manifestantes saíssem às ruas da maior cidade da América do Sul
para levantar as vozes e fazer coro com os estudantes que no mesmo dia
também se enfrentavam com a policia na Colômbia , em alto e bom
somos gritamos: “Fora Bush do Iraque e Lula do Haiti!”.
Lula o grande parceiro de Bush
Bush
tem em Lula um grande aliado para realizar seu objetivo de conter os
diversos e ricos processos de luta e de reorganização da classe
trabalhadora em nosso continente, o próprio governo na pessoa de
Celso Amorim, ministro das relações exteriores afirmou na revista pró–governo
Carta Capital que:
“Os Estados
Unidos nunca nos valorizaram tanto. Nosso relacionamento atualmente é
intimo”.
A
verdade é que Bush sabe que Lula tem se comportado com verdadeiro
bombeiro em toda a região como demonstrou a atuação do governo
brasileiro no caso do golpe contra Chavez, bem como nas rebeliões
populares da Bolívia em 2003 e 2005, ou no Equador em 2005. Por traz
do discurso de Lula de que se deveria proteger as instituições
democráticas, o que estava em jogo e a defesa da estabilidade para o
capital seguir explorando aos trabalhadores desses países.
Entretanto
a mais vergonhosa atuação de Lula tem sido no Haiti aonde o Brasil
tem na pratica terceirizado a repressão a esse que é o país mais
pobre do continente.
Hoje
se encontra no Haiti cerca de 1500 soldados brasileiros que
“coordenam a missão de paz da ONU”. Na pratica Lula se coloca
como capacho do imperialismo ianque, fazendo às vezes de atroz do
povo haitiano e se colocando inclusive no campo militar de Bush e do
Imperialismo.
O papel das correntes governistas
Desde
o inicio da organização a passeata esteve polarizada por dois
projetos distintos:
O
da “esquerda governista” agrupada em torno da marcha das
mulheres, Coordenação dos Movimentos Sociais, CUT, PT, PCdoB, que o
tempo todo tentaram limitar a ação nos marco da defesa das políticas
sociais do governo Lula em relação às mulheres e de uma difusa
critica a Bush.
Por
outro lado o Bloco Classista e Socialista defendeu que o ato
deveria ter como eixo a denuncia de Bush e de Lula, levantando
inclusive que as reformas de Lula atacaria principalmente as mulheres.
Sem
dúvida se expressou uma contradição importante no campo governista:
realizar uma passeata que na pratica se tornou contra Bush estando
apoiando um governo que não só convidou Bush como vive de joelhos
dizendo amém a tudo que seu senhor do norte ordena.
Tal
polarização também se expressou no PSOL. Uma vez que o documento
aprovado para a convocação da passeata foi escrito na prática pelo
setor governista se deu um debate se era correto ou não assinar uma
convocação aonde não se falava uma virgula sobre Lula.
Nossa
corrente defendeu que assinar tal declaração seria um erro
total,alem de uma capitulação as direções burocráticas do
movimento,e que não ajudaria na organização das lutas que com
certeza virão nos próximos meses, ao nosso entender qualquer ação
por menor que seja que não parta da denuncia implacável do governo
Lula só serve para impedir que os trabalhadores avancem em seu
processo de experiência com esse governo odioso.
A passeata
Essa
passeata marca uma inflexão em relação às últimas mobilizações
que ocorreram em nosso país. Embora estejamos muito longe em termos
de mobilizações e organização de outros países da América
Latina, podemos afirmar que essa passeata foi quantitativamente e
qualitativamente superior.
Horas
antes do inicio marcado da passeata já havia certo clima na cidade
que essa tarde quente de São Paulo, não seria como as demais, no
final da manhã já recebíamos informes de diversas cidades do
interior de São Paulo que davam conta que haviam sido organizadas
caravanas para a participação do ato, vale ressaltar as caravanas
vindas de Campinas principal cidade do interior do estado que se fez
presente com três ônibus lotados de estudantes e de trabalhadores, e
da cidade de Santos, aonde correntes de esquerda tem conseguido êxitos
importantes nas últimas eleições sindicais.
A
marcha que partiu da Praça Oswaldo Cruz e seguiu pela Avenida
Paulista, centro econômico e financeiro do país, aonde se concentra
cerca de 50% do PIB Brasileiro, terminando no MASP (Museu de Arte de São
Paulo) tradicional lugar das manifestações, contou com grande presença
da juventude, e de forma muito positiva do Bloco
Classista Socialista composto pelos partidos que nas últimas eleições
compuseram a Frente de Esquerda
Socialista (PSOL, PCB e PSTU). Também teve grande presença as
duas principais experiências de reorganização sindical a Conlutas
e a Intersindical.
Quando
estava quase terminado, a passeata foi duramente reprimida pela polícia
militar do Estado de São Paulo, mostrando mais uma vez a conivência
entre PSDB e o PT.
O
grau de repressão que há muito não era vista a uma mobilização,
foram mais de uma hora de bombas lacrimogêneas e de “efeito
moral” , gás pimenta e balas de borracha que deixaram vários
manifestantes feridos, entretanto o intuito da polícia que era de
desmobilizar os manifestantes não foi alcançado, a cada bomba e bala
era respondido com pedras e paus o que provocou o ferimento de vários
policiais.
Os ensinamentos
Como
ensinamento dessa grande manifestação, podemos tirar a necessidade
da esquerda classista construir uma grande frente única para
lutar contra aos ataques que Lula já esta desferindo contra o
conjunto da classe trabalhadora e da juventude.
Parte
do balanço que devemos fazer é exatamente esse se a passeata foi um
sucesso se deve em grande parte a unidade dos partidos, correntes e
militantes que juntos construíram o Bloco da Esquerda Classista.
Nesse
sentido nós de Práxis que
há muito tempo temos reiterado a necessidade de unidade para lutar
fazemos um chamado a que todos que estiveram na Av Paulista lutando
contra Bush e Lula estejam presentes no dia 25 de março no encontro
unitário contra os ataques de Lula. E que nesse encontro votemos de
forma unitária um plano de lutas capaz de colocar o conjunto da
classe trabalhadora e da juventude nas ruas.
Fuera Bush de Iraq y Lula de
Haití
Por Márcio Barbio,
desde San Pablo
Praxis, corriente marxista
revolucionaria del PSOL, 09/03/07
En su visita por América
Latina, Bush pasará por países que son sus mayores aliados en la
región: además de Brasil, visitará Uruguay, Colombia, Guatemala y México.
Su objetivo es restablecer la
influencia sobre el subcontinente y poner una barrera a la influencia
de gobiernos que son fruto, por un lado, de los procesos de rebeliones
populares que afectaron a América Latina y, por el otro, de la
inmensa crisis de legitimidad que vive el imperialismo yanqui.
Estos gobiernos, han osado
cuestionar algunos de los presupuestos del neoliberalismo. aunque están
lejos de ser auténticamente socialistas. Vale recordar, por ejemplo,
que Chávez, que sería para muchos el más “izquierdista” de los
presidentes latinoamericanos, ni siquiera dejó de pagar la deuda
externa.
Travestido
de interés por el etanol –el alcohol combustible cuyo mayor
productor mundial es Brasil–, como tratan de demostrar tanto el
gobierno de Bush como el de Lula, lo que está por detrás en verdad,
es la actual situación política y social de América Latina en
general y del Cono Sur en particular. Esta situación está
profundamente marcada por el ciclo de rebeliones populares que desde
el inicio del siglo XXI golpeó a varios países, y que se sigue
expandiendo, como lo demuestran los recientes acontecimientos de México
y Paraguay.
Como
en otras partes del mundo, también en Brasil la popularidad de Bush
es bajísima, debido a la aventura bélica de Iraq y en menor medida
de Afganistán. Tal impopularidad fue el motor de que más de 15 mil
manifestantes saliesen a las calles de la mayor ciudad de Sudamérica,
para levantar sus voces y hacer coro con los estudiantes que ese mismo
día también se enfrentaban con la policía en Colombia. Bien alto y
fuerte, todos gritamos: “¡Fuera Bush de Iraq y Lula de Haití!”
Lula, el gran socio de Bush
Bush
tiene en Lula un gran aliado para realizar su objetivo de contener a
los diversos y ricos procesos de lucha y de reorganización de la
clase trabajadora en nuestro continente. El propio gobierno de Lula,
en la persona de Celso Amorim, ministro de Relaciones Exteriores,
afirmó en la revista oficialista “Carta Capital”:
“Los
Estados Unidos nunca nos valorizaron tanto. Actualmente, nuestro
relacionamiento es íntimo.”
La
verdad es que Bush sabe que Lula se ha comportado como un verdadero
bombero en toda la región, como los demostró con su actuación en
ocasión del golpe contra Chávez, en las rebeliones populares de
Bolivia de 2003 y 2005, y en Ecuador en 2005. detrás del discurso de
Lula de que se debía proteger las instituciones democráticas, lo que
estaba en juego era la defensa de la estabilidad para que el capital
siga explotando a los trabajadores de esos países.
Mientras
tanto, la más vergonzosa actuación de Lula ha sido la de Haití,
donde hoy Brasil pone en práctica una verdadera “tercerización”
de las funciones de represor, en ese país que es el más pobre de América
Latina.
Hoy
en Haití se encuentran unos 1.500 soldados brasileños que
“coordinan la misión de paz de la ONU”. En la práctica, Lula se
coloca como un lacayo del imperialismo yanqui, haciendo las veces de
represor del pueblo haitiano y colocándose inclusive en el campo
militar de Bush y el imperialismo
El papel de las corrientes
pro gobierno
Desde
el inicio, la organización de la manifestación estuvo polarizada en
dos proyectos distintos:
El
de la “izquierda del gobierno” –agrupada en torno a la “marcha de las
mujeres”, la Coordinación de Movimientos Sociales, CUT, PT, PCdoB–,
que intentaban limitar la acción a los marcos de la defensa de las
políticas sociales de Lula en relación a las mujeres y una difusa crítica
a Bush.
Por
el otro lado, el Bloque Clasista
y Socialista defendió
que el acto debería tener como eje la denuncia de Bush y también de
Lula, señalando inclusive que las reformas de Lula acatarían
principalmente a las mujeres.
De
todos modos, sin duda se expresó una contradicción importante en el
campo pro–gobierno: realizar una manifestación que en la práctica
se volvió contra Bush y, al mismo tiempo, estar apoyando a un
gobierno que no sólo invitó a Bush sino que vive de rodillas
diciendo que sí a todo lo que ordena el amo del norte.
Esta
polarización también se expresó en el PSOL. Después que el
documento aprobado para convocar la manifestación fuese escrito de
hecho por el sector pro–gobierno, se desató un debate de si era
correcto o no firma una declaración donde se hablaba ni una coma
sobre Lula.
Nuestra
corriente –Praxis– sostuvo que firmar semejante documento sería un
error total, además de una capitulación a las direcciones burocráticas
del movimiento –CUT, MST, etc.–, y que no ayudaría a la
organización de las luchas que, con toda certeza, vendrán en los próximos
meses. A nuestro entender, cualquier acción, por menor que sea, que
no parta de la denuncia implacable de Lula, sólo sirve para impedir
que los trabajadores avancen en su proceso de experiencia con este
odioso gobierno.
La manifestación
Esta
marcha marcó una inflexión en relación a las últimas
movilizaciones ocurridas en nuestro país. Aunque aún estamos lejos
de otros países de América Latina en términos de movilización y
organización, podemos afirmar que esta manifestación fue
cuantitativa y cualitativamente superior.
Horas antes del inicio marcado
para la marcha, ya había en la ciudad cierto clima de que esa tarde
caliente de San Pablo no sería como las demás. Al final de la mañana,
ya recibíamos noticias de diversas ciudades del interior del Estado
de San Pablo, que informaban que se habían organizado caravanas para
participar en el acto. Vale destacar la caravana proveniente de
Campinas, la principal ciudad del interior del Estado, que se hizo
presente en tres ómnibus alquilados por estudiantes y trabajadores, y
la de la ciudad de Santos, donde las corrientes de izquierda
recientemente han conseguido éxitos importantes en las últimas
elecciones sindicales.
La manifestación partió de la
Plaza Oswaldo Cruz y
siguió por la Av. Paulista, centro económico y financiero del país,
donde se concentra el manejo de más del 50% del PIB brasileño,
terminando en el MASP (Museo de Arte de San Pablo), tradicional lugar
de manifestaciones. Contó con gran presencia juvenil y en forma muy
positiva del Bloque Clasista y Socialista, compuesto por los partidos
que en las últimas elecciones formaron el Frente de Izquierda
Socialista (PSOL, PSTU y PCB). También tuvieron gran presencia las
dos principales experiencias de reorganización sindical, Conlutas
y la Intersindical.
Cuando estaba casi terminando,
la manifestación fue duramente reprimida por por la policía militar
del Estado de San Pablo, demostrando una vez más la convivencia entre
el PT y el PSDB [que gobierna ese Estado].
Hacía tiempo que no se veía un
grado tal de represión a una movilización. Durante más de una hora,
tiraron bombas lacrimógenas y de “efecto moral”, gas pimienta y
balas de goma que dejaron a varios manifestantes heridos. Pero el propósito
de la policía, que era dispersar a los manifestantes, no fue
alcanzado. Cada bomba y cada bala eran respondidas con piedras y
palos, provocaron heridas de varios policías.
Las enseñanzas
Como enseñanza de esta gran
manifestación, podemos sacar la necesidad para la izquierda clasista
de construir un gran frente único para
luchar contra los ataques que Lula esta haciendo al conjunto de la
clase trabajadora y la juventud.
Parte del balance que debemos
hacer es exactamente ése: el éxito de la manifestación se debe en
gran medida a la unidad de los partidos, corrientes y militantes que
juntos construimos el Bloque de de la Izquierda Clasista.
En ese sentido, nosotros, los de
Práxis –que hace mucho tiempo venimos
reiterando la necesidad de la unidad para luchar– hacemos un llamado
a todos los que estuvieron en la Av. Paulista luchando con Bush y
Lula, a hacerse presentes el 25 de marzo, en el Encuentro
unitario contra los ataques de Lula. Y que en ese Encuentro votemos en
forma unida, un plan de luchas capaz de
poner al conjunto de la clase trabajadora y la juventud en las calles.
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