Ni Lula ni Alckmin
- En el segundo turno, vote nulo
Declaración de
Práxis, 05/10/06
Como es de conocimiento de todos, Praxis, como
corriente interna del PSOL, desde el inicio de su formación, dio una
batalla por la conformación de una Frente Clasista y Socialista para
disputar en las elecciones. La conformación del Frente fue un gran
paso rumbo a la unidad de las fuerzas de la izquierda socialista en
nuestro país, constituyéndose como una alternativa por la izquierda
a la falsa polarización PT/PSDB.
La realización de un segundo turno para elegir
presidente y algunos gobernadores, exigirá de los socialistas
revolucionarios una actitud firme y clara en la caracterización
correcta de los contendientes: Lula y Alckmin–. Esto ya fue hecho,
por otra parte, en la campaña del primer turno, apuntando la
semejanza política entre ambos. Pese a ello, un sector de la
vanguardia, con la intención de evitar “la vuelta de la «derecha»”
(sic), comienza preguntarse si no sería correcto el apoyo a Lula en
el segundo turno. Para nosotros de Praxis, es importante
aclarar lo siguiente:
La alianza conservadora de derecha compuesta por el
PSDB (Partido Socialdemócrata Brasileño) y el PFL (Partido del
Frente Liberal) no es una alternativa política ni moral para los
oprimidos, explotados y humillados de nuestro país. Fue bajo el
gobierno de Fernando Henrique Cardoso (PSDB) –patrocinador directo
de la candidatura de Alckmin– que fueron realizadas gran parte de
las privatizaciones, verdaderos robos al patrimonio público. Sobre
estas privatizaciones, pesan acusaciones muy gravísimas, en el caso
de Telebrás, donde Fernando Henrique estuvo envuelto hasta el
pescuezo en el armado de una operación para beneficiar a un pequeño
y selecto grupo empresarial. Y sin hablar de que el esquema de
sobornos ya operaba en su gobierno.
Por el otro lado, Lula no sólo dio una continuidad en
aspectos fundamentales, sino que también en algunos aspectos
profundizó la política de Fernando Enrique de degradar la salud y la
educación; prácticamente no realizó la Reforma Agraria; profundizó
la dependencia del capital financiero, generando lucros faraónicos
para los bancos nacionales y extranjeros.
Lula no gobierna ni nunca gobernó para los
trabajadores. Su origen obrero y de izquierda causa mucha confusión
en la cabeza de los trabajadores. Pero no podemos dejarnos engañar:
el gobierno Lula es un gobierno burgués al servicio de
mantener el capitalismo y derrotar a los trabajadores. Es por lo
tanto, un enemigo de los trabajadores, y no un aliado o un mal menor.
En estas elecciones, la única alternativa, a tesar de
sus límites, era Heloísa Helena. En el segundo turno, los
trabajadores y la izquierda, no tenemos a quien votar. Votar por Lula
o Alckmin significa votar por más despidos en la Volks, votar por una
tercera reforma de la Previdência , votar por la pérdida
de más derechos laborales, por los intentos de hacernos perder
derechos como el de los días feriados, el 13º salario anual,
licencia por maternidad, etc.
Frente a todo esto, pensamos que es positiva la actitud
de Heloísa Helena de declarar que no va a apoyar a Lula ni a Alckmin.
Sin embargo esto es insuficiente. A nuestro entender, Heloísa Helena,
el PSOL y el conjunto del Frente de Izquierda tienen la obligación de
honrar el 6,5% de los votos que obtuvo. Para eso, llamar al
conjunto de los trabajadores a votar nulo en el segundo turno, como
parte de una campaña que prepare la ressitencia de los trabajadores
que vendrán el año próximo, sea Lula o Alckmin el presidente electo.
Hacemos un llamado a todas las corrientes de izquierda
del PSOL y los sectores que componen el Frente de Izquierda, para que juntos
construyamos inmediatamente una fuerte campaña por el Voto Nulo.
Un alto índice de votos nulos en el segundo turno
transformará al nuevo gobierno burgués, sea Lula o Alckmin, en un
gobierno más débil, con menos legitimidad para imponer a a la clase
trabajadora los ataques que están preparando.
Coordinación Provisoria del Grupo Práxis
Corriente marxista revolucionaria en el PSOL
Nem Lula, nem Alckmin, o segundo turno
vote nulo
Como é de conhecimento de todos, Práxis,
enquanto corrente interna do PSOL, desde o início de sua formação
deu uma batalha pela conformação de uma Frente Classista e
Socialista para a disputa das eleições. A conformação da Frente
foi um grande passo rumo a unidade das forças da esquerda socialista
em nosso país, se constituindo como uma alternativa pela esquerda à
falsa polarização do PT e PSDB.
A realização do segundo turno para presidente e
alguns governadores, exigirá dos socialistas revolucionários uma
atitude firme e clara na caracterização correta dos contendores, o
que já foi feito, aliás, na campanha do 1º turno, apontando para a
semelhança política entre ambos. No entanto, um setor da vanguarda,
com intuito de evitar a volta da “direita” (sic),
começa a se perguntar se não seria correto o apoio a Lula no segundo
turno. Para nós do Práxis, é importante aclarar o que segue:
A aliança conservadora de direita composta pelo PSDB e
PFL não é uma alternativa política ou moral para a classe
trabalhadora, oprimidos, explorados e humilhados do país. Foi sob o
governo de Fernando Henrique Cardoso, patrocinador direto da
candidatura Alckmin, que foram realizadas grande parte das privatizações,
verdadeiros roubos ao patrimônio público, sobre as quais, até hoje,
pairam acusações seríssimas, como no caso da privatização do
Sistema Telebrás, onde FHC esteve envolvido até o pescoço na armação
para beneficiar um pequeno e seleto grupo empresarial. Sem falar que o
esquema das sanguessugas já operava em seu governo.
Por outro lado, Lula não só deu continuidade como em
alguns aspectos, aprofundou a política de FHC de sucateamento da saúde
e da educação; praticamente não realizou a Reforma Agrária;
aprofundou a dependência ao capital financeiro, gerando lucros faraônicos
aos bancos nacionais e estrangeiros. Lula não governa e nunca
governou para os trabalhadores. Sua origem operária e de esquerda
gera na cabeça dos trabalhadores muita confusão, entretanto, não
podemos nos deixar iludir: o governo Lula é um governo burguês
a serviço da manutenção do capitalismo e da derrota dos
trabalhadores e, como tal, é um inimigo dos trabalhadores e não um
aliado ou um mal menor.
Nessas
eleições, a única alternativa, apesar de seus
limites, era Heloisa Helena. No segundo turno, os trabalhadores e a
esquerda não tem em quem votar. Votar em Lula ou em Alckmin significa
votar em mais demissões como na Volks; é votar na terceira onda da
reforma da Previdência; é votar na perda de mais direitos
trabalhistas, que entre outras coisas, tenta retirar direitos como férias,
13º salário, licença maternidade.
Diante de tudo isso, pensamos que a
atitude de Heloisa Helena é positiva, porém insuficiente ao declarar
que não vai apoiar Lula e Alckmin, entretanto, a nosso ver, Heloisa
Helena, o PSOL e o conjunto da Frente de Esquerda tem a obrigação de
honrar os 6,5% de votos e chamar o conjunto dos trabalhadores a
votarem nulo no segundo turno, como parte de uma campanha que
prepare a resistência aos ataques que virão no próximo ano, seja
Lula ou Alckmin o eleito.
Fazemos um chamado a que todas as
correntes de esquerda do PSOL e aos setores que compunham a Frente de
Esquerda, para que juntos construamos imediatamente uma forte
campanha pelo Voto Nulo. Um alto índice de votos nulos no
segundo turno transformará o novo governo burguês, seja Lula ou
Alckmin, em um governo mais débil, com menos legitimidade para impor
à classe trabalhadora os ataques que estão preparando.
Coordenação
Provisória Grupo Práxis
Corrente
Marxista Revolucionária do PSOL
.-
Sistema de retiro, pensiones, jubilaciones.
|